sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Polícia soube por familiares da morte de homem baleado em Ipê

Corpo de Soli Tadeu de Souza, 58 anos, foi retirado de velório e levado para necropsia

Polícia soube por familiares da morte de homem baleado em Ipê Polícia Civil/Divulgação
Equipes do Instituto Geral de Perícia recolheram o corpoFoto: Polícia Civil / Divulgação

A Polícia Civil de Ipê soube por acaso da morte de Soli Tadeu de Souza, 58 anos, cujo corpo foi retirado do velório para ser encaminhado à necropsia. O homem morreu por volta das 10h de quinta-feira foi liberado a familiares sem o exame. O homem foi vítima de um disparo supostamente acidental na noite de terça-feira.

Como o caso era investigado pela Polícia Civil, os parentes da vítima procuraram a delegacia na tarde de quinta-feira. Durante a conversa, os investigadores souberam da morte e da liberação do corpo. Com a descoberta, a polícia determinou que o velório fosse interrompido e o corpo encaminhado ao Departamento de Perícias do Interior, em Caxias do Sul, para a necropsia.

— Para nós ele estava internado. Os familiares foram até a delegacia para ver o andamento do inquérito e disseram: inclusive estamos velando ele. O homem poderia ter sido enterrado sem nós ficarmos sabendo. Aí teríamos que solicitar a exumação e a perícia ficaria ainda mais complicada — acredita o delegado substituto de Ipê, Flademir Paulino de Andrade.

De acordo com o delegado, a falha partiu do Hospital São José, de Antônio Prado, onde Souza estava internado. Um novo inquérito foi instaurado para apurar o erro. 

O diretor do hospital, Diógenes Weber, reconheceu e lamentou o erro. Ele afirmou que o caso é investigado internamente e que foi reforçado com os funcionários para a situação não se repita.

— Pelo que apuramos preliminarmente, a equipe estava muito envolvida na reanimação paciente, que teve três paradas cardíacas. Então, devido ao estresse, houve esse lapso — afirma.

O hospital divulgou nota de esclarecimento na manhã desta sexta-feira. Confira a íntegra abaixo:


"A Sociedade Hospitalar São José vem a público confirmar a veracidade do fato da liberação do corpo do Sr. Soli Tadeu de Souza, na manhã do dia dezesseis de janeiro de dois mil e quatorze.

Esta não é uma prática estabelecida na rotina do Hospital São José, e a entidade está apurando as circunstância em que o fato ocorreu. Preliminarmente se verificou que a equipe esteve muito envolvida em reanimar por três vezes o paciente, e que este comprometimento com a vida do paciente, e consequente o estresse causado pelas tentativas de reanimação, tenham gerado este lapso.


A entidade está prestando todas as informações necessárias e está colaborando com as autoridades competentes assim como com os familiares.
O Hospital São José lamenta o fato ocorrido e reafirma o seu compromisso de prezar pelo bom atendimento aos seus pacientes e familiares
".

Fonte: PIONEIRO.COM

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