quarta-feira, 10 de abril de 2013

Mãe que perdeu filha no RS lança petição por leitos de UTI neonatal

Documento já tem mais de 10 mil assinaturas e será levado a Brasília.
Helena, filha de Tatiana Rott de Oliveira, morreu aguardando leito no RS.
Os pais de Helena deixaram o quarto da filha intacto (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)
   Os pais de Helena deixaram o quarto da filha intacto (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)


     Após perder uma filha recém-nascida à espera de um leito de UTI neonatal, uma família do Rio Grande do Sul está liderando uma campanha pelo aumento no número de vagas nos hospitais do país. Uma petição pública foi lançada pelos pais de Helena, que foi vítima da espera prolongada no ano passado. No domingo (7), um bebê morreu em Campo Bom à espera de leito de UTI neonatal.

     O objetivo da família é entregar um documento com 1 milhão de assinaturas para a presidente Dilma Rousseff, em Brasília. Até o momento, foram recolhidas mais de 10 mil, como mostrou a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV.

     “Temos 10.140 assinaturas e vamos  correr atrás até conseguir um milhão de assinaturas. Vou entregar pessoalmente para a presidente lá em Brasília. Faço questão de entregar pessoalmente”, diz Tatiana Rott de Oliveira, mãe de Helena. “Se eu conseguir salvar um nenê, a campanha já vai ter valido a pena porque uma mãe não vai passar pelo que eu passei e uma filha não vai passar pelo que ela passou”, sustenta.

 Tatiana, mãe de Helena, lançou a petição pública (Foto: Everton Chrisostomo/RBS TV)
   Tatiana, mãe de Helena, lançou a petição pública (Foto: Everton Chrisostomo/RBS TV)


     Tatiana também criou uma página no Facebook e um blog na internet onde compartilha experiências com mães de todo país que também perderam filhos. Muitas delas pelo mesmo motivo, garante. Foi quando surgiu a ideia da campanha.

     Helena nasceu no dia 31 de janeiro de 2012 e foi diagnosticada com um problema no coração. Em 17 de fevereiro do mesmo ano a menina passou mal e precisou ser levada para um hospital em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

     Segundo os médicos, ela precisava de uma cirurgia simples, mas deveria ser encaminhada para um leito de UTI neonatal até que pudesse ser operada. A família conseguiu uma liminar judicial para internação imediata, mas a transferência não ocorreu por falta de vagas. Foram 12 horas de espera e Helena não resistiu.

     O quarto de Helena permaneceu intacto. No armário, os pais guardaram os presentes e as roupas que a menina não chegou a usar. “Eu comprei um monte de vestidinho. Queria muito que ela usasse vestido. A gente queria que ela soubesse de toda expectativa, que ela foi esperada, aguardada. A Helena tinha uma personalidade muito forte. Era como se estivesse cheio o lugar”, relata a mãe.

     Após a perda, Tatiana vem alimentando outro sonho há cerca de dois meses. A chegada de uma irmã para a menina é aguardada pela família. “Esse quarto vai ter vida de novo, vida de novo. Vida nova. O maninho de Helena vai vir e se Deus quiser a gente vai ser muito feliz”.

Pais de Helena lançaram a campanha "Amada Helena" pelo aumento dos leitos no país (Foto: Montagem sobre fotos/Arquivo pessoal)
   Pais de Helena lançaram a campanha "Amada Helena" pelo aumento dos leitos no país
   (Foto: Montagem sobre fotos/Arquivo pessoal)

Fonte: Roberta Salinet | Da RBS TV
G1 | Rio Grande do Sul

Um comentário:

  1. Vim aqui "pessoalmente" para agradecer seu apoio e por divulgar a história da minha Helena. Obrigada também pela divulgação da capmanha e aqui está o link da petição:

    http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N32754

    Caso precisem, aqui deixo um tutorial.
    http://queromaisleitosuti.blogspot.com.br/2012/12/tutorial-de-como-realizar-assinatura-da.html

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