domingo, 21 de abril de 2013

Júri condena 23 PMs por mortes no Carandiru em 1992

Réus foram condenados a 156 anos de prisão


     Sete jurados condenaram 23 policiais militares pelo Massacre do Carandiru a uma pena de 156 anos de prisão cada (12 anos para cada homicídio). A acusação: terem assassinado no segundo pavimento do Pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção de São Paulo 13 dos 111 detentos que morreram durante a invasão da PM em 1992. 

     A sentença foi promulgada pelo juiz José Augusto Nardy Marzagão no início da madrugada deste domingo. Apesar da sentença determinar cumprimento em regime fechado, o juiz permitiu que os condenados recorram em liberdade. 

     Três dos réus julgados foram absolvidos pelo Conselho de Sentença, que teve de responder a cerca de 1,5 mil questões. No fim, considerou-se que só três PMs não tiveram participação direta no massacre.

     O número de mortos do julgamento foi reduzido de 15 para 13. Segundo testemunhos, Jovemar Paulo Alves Ribeiro foi morto já na gaiola do 3º andar, não no 2º pavimento. E José Pereira da Silva recebeu dez facadas – e não teria sido atingido por policiais. Por isso, suas mortes devem ser julgadas em outro momento.

Massacre do Carandiru


     O maior massacre do sistema penitenciário brasileiro ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos e 87 ficaram feridos durante a invasão policial para reprimir uma rebelião no Pavilhão 9 do Presídio do Carandiru.

     O processo é um dos maiores da Justiça de São Paulo, com 57 volumes de autos principais e mais de 90 apensos, além dos documentos de autos desmembrados, perfazendo um total de mais de 50 mil páginas.

     O Carandiru foi desativado em 2002. Três prédios do complexo foram demolidos para construção de um parque. Os outros vão abrigar centros educacionais.

Com informações da Agência Estado

Fonte: Correio do Povo

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