segunda-feira, 1 de abril de 2013

Coreia do Norte nomeia novo ministro de Segurança

EUA enviou aviões de combate para reforçar manobras militares
   EUA enviou aviões de combate para reforçar manobras militares
   Crédito: Kim Jae-Hwann / AFP / CP


     Em meio às ameaças de revides nucleares, que podem atingir os países vizinhos e chegar aos Estados Unidos, o governo da Coreia do Norte nomeou o novo ministro de Segurança, Choi Bu-il, que é considerado homem de confiança do presidente Kim Jong-un. A escolha ocorreu em fevereiro, mas apenas nesta segunda-feira houve o anúncio. A Coreia do Norte é considerada um dos países mais isolados do mundo.

     Choi Bu-il substitui o general Ri Myong-su. “A nomeação faz parte dos atuais esforços de Kim [Jong-un] de consolidar o seu poder ao designar pessoas de confiança para lugares-chave e substituir aqueles que serviram ao seu pai”, avaliou a agência oficial da Coreia do Sul, Yonhap.

     O novo ministro, de 69 anos, é oficial militar de carreira, graduado pela Universidade Kim Il-sung. Foi vice-chefe do Estado-Maior do Exército Popular norte-coreano. É general desde setembro de 2010, quando o regime Kim Jong-un assumiu o poder em substituição ao do pai, Kim Jong-il, que havia morrido.

     Em meio à crescente tensão na península coreana, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, prometeu fortalecer o programa nuclear do país. O norte-coreano anunciou a intenção de desenvolver um reator de água leve, como parte de uma indústria de energia nuclear autossuficiente, para atenuar a escassez de eletricidade. Segundo Kim Jong-un, o desenvolvimento de tecnologia espacial será acelerado, com a previsão de lançamentos de satélites mais avançados.

EUA envia aviões de combate para reforçar manobras militares

     O governo dos Estados Unidos enviou caças F-22 à Coreia do Sul para participar de manobras militares conjuntas. A iniciativa ocorre em meio à tensão na península coreana devido às ameaças feitas pelas autoridades norte-coreanas de uso de armamentos nucleares na região. Os aviões de combate sobrevoaram o Japão e integrarão as forças da Coreia do Sul para exercícios militares.

     Na semana passada, os Estados Unidos enviaram dois bombardeiros B-2 para a Coreia do Sul, também para as manobras conjuntas. Há dois dias, a Coreia do Norte anunciou que se considera em “estado de guerra” contra a Coreia do Sul, renovando as ameaças sobre o desenvolvimento de armas nucleares e o aumento do seu arsenal.

     Os Estados Unidos reagiram, informando que consideram sérias as ameaças da Coreia do Norte, mas que consideram a iniciativa mais um capítulo da sua “retórica belicista”. Nesse domingo, durante sessão plenária do Partido dos Trabalhadores, o presidente norte-coreano Kim Jong-un confirmou que sua estratégia política é baseada no progresso da economia e no desenvolvimento de armas nucleares.

     Do lado da Coreia do Sul, a presidenta sul-coreana, Park Geun-hye, disse que pretende reagir às ameaças do país vizinho e que leva "muito a sério" as indicações de Kim Jong-un. "Se houver alguma provocação contra a Coreia do Sul e seu povo, deve haver uma resposta forte na forma de um combate, sem qualquer consideração política", disse ela.


Fonte: Agência Brasil
Correio do Povo

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