Criança de 11 meses foi sepultada em Giruá, cidade próxima a Santa Rosa.
(Foto:
Reprodução)
Foi sepultado na
tarde desta sexta-feira (18) em um cemitério de Giruá o corpo da criança de 11 meses de
idade que morreu após ser esquecida dentro do carro do pai em Santa Rosa, na
Região Noroeste do Rio Grande do Sul. O pai, o delegado de
polícia José Soares de Bastos, deixou o hospital e compareceu ao velório e ao
sepultamento.
O homem estava
internado desde a noite de quinta-feira (17) no Hospital Vida e Saúde, em
estado de choque. Logo após a morte do bebê, ele precisou receber medicamentos
calmantes a acompanhamento psiquiátrico. Ele deixou o local por volta das 12h.
O hospital ainda não sabe informar se ele vai retornar para seguir o
tratamento.
Filha única, a menina
que completaria um ano de idade no dia 27 de janeiro foi velada desde a
madrugada no Salão Paroquial da Igreja Matriz, em Santa Rosa.
Familiares e amigos compareceram ao local para se despedir do bebê. Abalados
com a tragédia, familiares não permitiram o acesso da imprensa e também não
quiseram se pronunciar sobre o caso.
Segundo a polícia, o pai saiu de casa no início da tarde de quinta-feira junto com o bebê. Ele deveria levar a criança para a creche antes do trabalho, mas foi direto para a delegacia e esqueceu o bebê dentro do carro, estacionado no pátio da instituição, no bairro Cruzeiro.
Segundo a polícia, o pai saiu de casa no início da tarde de quinta-feira junto com o bebê. Ele deveria levar a criança para a creche antes do trabalho, mas foi direto para a delegacia e esqueceu o bebê dentro do carro, estacionado no pátio da instituição, no bairro Cruzeiro.
O policial estava
trabalhando em uma ocorrência na rua quando recebeu um telefonema da mulher, no
final da tarde, perguntando por que a criança não estava na creche como de
costume. O delegado retornou imediatamente até a carro junto com outro colega e
a levou até o hospital, onde ela já chegou sem vida.
Bebê ficou cerca de cinco
horas dentro de carro
na delegacia (Foto: Reprodução/RBS TV)
na delegacia (Foto: Reprodução/RBS TV)
Médicos tentaram
reanimar a criança por cerca de uma hora, mas sem sucesso. O pediatra César
Altino estava na equipe que prestou socorro à menina. Segundo ele, a causa
provável da morte do bebê é desidratação, provocada pela perda excessiva de
líquidos em função da alta temperatura do carro e do corpo.
“A desidratação é
extremamente grave, danosa para o sistema nervoso central. Provoca precocemente
alterações no cérebro do bebê, pode provocar convulsões, um colapso sistêmico,
seguido de parada cardiorrespiratória”, disse o médico.
Um inquérito foi
aberto para investigar o caso. De acordo com o delegado regional Márcio
Steffens, os depoimentos começarão a ser colhidos na segunda-feira (21). A
princípio, a Polícia Civil trata o caso como homicídio culposo, quando não há
intenção de matar.
“Foi uma fatalidade,
um fato que consternou toda a Polícia Civil da região porque envolveu pessoas
da nossa relação e porque vitimou um bebê. Em tese, pode ter ocorrido um crime
e isso vai ser investigado, mas no momento nós temos que trabalhar o aspecto
emocional, principalmente das pessoas que estão envolvidas”, diz ele.
Fonte: Do G1 RS
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